O seguro pode ser para todos, mas nem todos sabem
Se você for procurar um seguro de proteção pessoal ou patrimonial na internet, certamente encontrará condições que caibam no seu orçamento. Basta escolher as coberturas que considera importante e fechar o negócio. Embora o recomendável seja consultar o corretor que verdadeiramente entende sobre seguros e que escolherá coberturas de acordo com a sua necessidade, a internet é acessível e democrática para a maioria da população fazer o que entender ser mais conveniente.
Aparentemente, é fácil contratar um seguro. Então qual é a razão do mercado ainda viver no dilema da baixa penetração na sociedade? Recentemente conversei com um executivo do setor de benefícios que tinha acabado de fechar uma parceria com a Caixa Assistência para divulgar ações de combate à violência contra a mulher. Ele me contou que informações sobre contatos de centros de apoio ou de delegacias da mulher não chegam a várias regiões do país. Como você pode pedir ajuda se simplesmente desconhece que ela exista?
Como você vai procurar um seguro para sua vida ou para o seu patrimônio se nunca ouviu falar sobre isso? O seguro pode ser para todos, mas nem todos sabem disso. Na reportagem exclusiva em destaque nesta edição, procuramos entender como um mercado que cresce todo ano ainda não chegou em uma parcela significativa da população. Na avaliação de especialistas entrevistados, o corretor, que corresponde a cerca de 80% da distribuição de seguros no Brasil, é a principal peça de engrenagem para o desenvolvimento do setor na sociedade.
O presidente do SindsegNNE observa que, além de o mercado ter baixa penetração no país, o pouco que consome está centralizado nos estados das regiões Sul e Sudeste. Mesmo nesses lugares, onde a proporção de corretor por habitante é a maior do país, a informação pode chegar com pouca qualidade dependendo do bairro. É o caso da estudante de fisioterapia Bárbara Santana, moradora do Jardim Ângela, zona Sul de São Paulo. Após perder sua mãe, vítima de câncer em 2020, procurou receber a indenização do seguro, mas soube que a proteção só cobria a morte em decorrência de um crime.
O cenário de distribuição é desafiador para os agentes que atuam no setor, inclusive para a imprensa. Como crescer e avançar ao mesmo tempo?
Boa leitura.