O setor de seguros no Brasil iniciou o primeiro trimestre deste ano com resultados positivos no mercado de fusões e aquisições. De acordo com a pesquisa trimestral da KPMG, o segmento registrou um crescimento de 22,22% no número de operações (11) em relação ao mesmo período do ano anterior (9).O desempenho reforça a consolidação do setor, que já vinha em ritmo acelerado desde 2024 e reflete a atratividade do mercado para investidores estratégicos e financeiros. Os dados constam em estudo realizado trimestralmente pela KPMG e conta com a participação de 43 áreas da economia brasileira.
“Mesmo após um desempenho histórico em 2024, o setor de seguros segue em trajetória de crescimento consistente. O crescimento de 22,22% no primeiro trimestre de 2025 mostra que o ambiente de fusões e aquisições no setor de seguros continua dinâmico, porém com um novo perfil de transações. As operações, antes motivadas pela disputa de mercado entre seguradoras e pela estratégia de verticalização das operadoras de saúde, agora são protagonizadas por insurtechs. Trata-se de um processo de mudanças significativas nesse mercado, impulsionadas pela transformação digital e surgimento de novos modelos de negócio”, aponta o sócio da KPMG, Fernando Mattar.
As insurtechs têm desempenhado papel central na transformação digital do setor de seguros, impulsionando inovação por meio de tecnologias disruptivas que automatizam processos, personalizam ofertas e otimizam a gestão de riscos. Esse movimento ganha ainda mais força com um ambiente regulatório mais flexível, que favorece o desenvolvimento e a consolidação dessas empresas no mercado. Como resultado, as insurtechs vêm atraindo volumes crescentes de investimentos, especialmente de fundos de private equity e venture capital.
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Com relação ao tipo de operação realizada no setor de seguros, das 11 concretizadas no primeiro semestre de 2025, 4 são domésticas, ou seja, realizadas entre empresas brasileiras; 2 envolveram cidadãos não brasileiros adquirindo capital de companhia estabelecida no país (tipo CB1) e 3 foram executadas por estrangeiros adquirindo outras companhias, mas com empresa estabelecida no Brasil (CB4).
Cenário brasileiro: fusões e aquisições registraram queda de 6% no primeiro tri
As empresas brasileiras realizaram 330 operações de fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano, segundo uma pesquisa da KPMG. Trata-se de uma leve queda de 6% se compararmos com o mesmo período do ano passado quando foram fechados 350 negócios no país. O estudo é feito trimestralmente com 43 setores da economia.
“O levantamento da KPMG mostrou que houve uma pequena desaceleração no ritmo de compra e venda das empresas no país se levarmos em conta os mesmos meses de 2024, mantendo a atividade de fusões e aquisições praticamente estável. Isso se deve a alguns fatores, principalmente, questões geopolíticas internacionais e a dinâmica do mercado que é mais fraca nos períodos iniciais do ano. A tendência é que esse movimento se recupere nos próximos trimestres”, analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.