Em discurso, Regina Lacerda, presidente e fundadora do Clube, destacou o papel de entidades voltadas a fortalecer a participação da mulher no mercado de seguros
O Grupo Bradesco Seguros reconheceu o trabalho realizado nos últimos anos pelo Clube das Executivas de Seguros de Brasília (CESB). Fundada em dezembro de 2020, a iniciativa tem se organizado para promover ações em prol do desenvolvimento, do empreendedorismo e da liderança feminina. Em discurso, a presidente Regina Lacerda destacou não só o papel do clube no qual é fundadora, mas também de todas outras entidades que fortalecem o debate sobre a equidade de gênero no mercado de seguros. O evento aconteceu na noite da última segunda-feira, 18, em Brasília.
A executiva frisou que tem percorrido o Brasil lutando pela mulher que trabalha em todo tipo de empresa do setor, seja seguradora, assessoria ou corretora de seguros. “Tudo isso para fazer crescer o mercado e contribuir com uma forma humanizada de olhar as pessoas que o compõem gerando inclusão e produtividade”.
Durante suas viagens, a empresária conheceu diversas histórias e percebeu que a participação das mulheres no mercado de seguros brasileiro é maior do que as pessoas imaginam. “Acabei estudando a presença feminina na seguridade. Muitos talvez não percebam, mas já somos quase 60% da mão de obra do setor no Brasil”
Em seu discurso, Regina citou, também, o relatório The Ready Now Leaders (Os Líderes Prontos Agora) — da ONG Conference Board. O estudo mostrou que as organizações com pelo menos 30% de mulheres em cargos de liderança têm 12 vezes mais chances de estar entre as 20% melhores em desempenho financeiro.
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Participação no livro ‘Mulheres no Seguro’
Regina, que além de ser presidente do CESB, é corretora de seguros, embaixadora da Sou Segura, voluntária do IDIS e acadêmica da ANSP, lembrou que um dos grandes momentos da sua vida foi a sua participação no livro ‘Mulheres no Seguro’. “Mostrou (o livro) como a mulher tem participação expressiva no setor onde auto há 30 anos”. A obra reuniu experiências que mulheres tiveram no setor. Regina ressaltou um dos depoimentos mais chocantes. “Uma delas foi bem expressiva ao dizer que, ao chegar a determinados clientes, ouvia a cobrança: ‘não tem um homem na sua empresa?’. Fiquei surpreendida, porque graças a Deus não observo esse comportamento em Brasília”.
A segunda edição do livro já está a caminho. “Quem sabe tenhamos uma mulher da Bradesco Seguros contando um case de sucesso criado por ela”, provocou a executiva. “É nessa direção que este segundo livro vem sendo escrito. Vem muita surpresa por aí”, completou.
Por fim, Regina parafraseou Cindy Adams, presidente da Leadership Circle, entidade responsável em promover a prática consciente em liderança nas empresas globais:
“Se você não está criando um caminho em sua empresa para tornar a liderança mais inclusiva ou alavancar todo o poder e potencial das mulheres, então você não está fazendo tudo o que pode para o sucesso da sua organização”.
“As mulheres, em particular, mudam de ‘menos eficazes’ para ‘mais eficazes’ mais cedo do que os homens”. Se começarmos a construir equipes e organizações mais diversificadas agora, os negócios serão melhores e o mundo será melhor hoje e daqui a dez anos”.
“Este é meu recado. Por favor, nos observe melhor, para que o mercado nunca mais pergunte: ‘Não tem homem, não?’”, finalizou a presidente do CESB.
Leia, por fim, a 35ª edição da revista: