Por: Glaucia Saffa*
Este artigo foi publicado, originalmente, na 45ª edição da revista digital.
Sim! O mercado de saúde no Brasil vive seus modismos e tendências. No topo da lista de expressões da moda encontramos: Inteligência Artificial e Cuidados Coordenados. Muito utilizadas para reforçar atributos de resolutividade, escalabilidade e confiabilidade.
Uma pesquisa recente da Delloite destacou que tecnologias emergentes estão sendo utilizadas por sistemas de saúde de todo o mundo para enfrentar os desafios atuais e classificou o uso de Inteligência Artificial como uma premissa competitiva para os negócios de saúde.
A mesma pesquisa indicou que os investimentos sustentados em tecnologia são cruciais para transformar a prestação de serviços de saúde e aumentar o potencial das entregas, mas que no Brasil pouco se discutiu sobre legislações específicas para o uso dessas tecnologias.
Enquanto o mundo discute novas tecnologias, nós discutimos se as operadoras de saúde terão ou não autorização para oferecer produtos somente com consultas e exames e, se os Cartões de Desconto, que hoje atendem mais de 50 milhões de brasileiros, devem ou não ser regulados pela ANS.
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E observamos pacientemente dezenas de novas startups sendo lançadas com produtos que prometem entregar bem-estar, qualidade de vida, saúde mental e outros serviços em plataformas digitais com jornadas altamente segmentadas, que atuam em vários pequenos pedaços do cuidado de saúde.
Na era da informação rápida e das redes sociais, empresas se preocupam com atributos como “poder compartilhar suas conquistas em missões de saúde”. É como se estivéssemos criando jogos para entretenimento dos brasileiros enquanto não conseguimos ter uma resposta concreta sobre como será o futuro do setor.
A tecnologia pode e deve servir para acelerar diagnósticos, reduzir custos de tratamento de doenças crônicas e conectar prestadores de serviços e pacientes, mas é premente que as organizações de saúde se transformem por meio da construção de novas capacidades e competências.
*Glaucia Saffa é CMO da TEM Saúde