O Seguro está maduro?

O Seguro está maduro?

Emir Zanatto, CEO da TEx

Open Insurance tem sido o grande assunto do momento – e continuará sendo por algum tempo. O que exatamente essa novidade irá trazer ainda não sabemos, mas o fato dela ter feito com que empresas, Corretoras e Seguradoras se movimentem consideravelmente, já pode ser considerado um ganho tremendo!

Nós, da TEx, cada vez mais pilotamos MVPs (Mínimo Produto Viável) de diversos players do nosso mercado. Alguns desses MVPs são resultado de um esforço verdadeiramente hercúleo de empresas que estão acostumadas a colocar na rua apenas as suas versões finais, e que agora passaram a lançar algo que sabidamente não está maduro.

Ocorre que a inovação depende exatamente disso: sabermos lidar com versões imaturas. Como disse certa vez Reid Hoffman, fundador do Linkedin, “se você não tem vergonha da primeira versão do seu produto, você demorou demais para lançar”.

Estamos falando sobre abraçar as incertezas e os riscos que são inerentes às tentativas. Testar, testar, falhar, repensar e testar novamente. Reconsiderar aquilo que já foi rotulado de “não recomendado”, “não funcional” ou “impossível”.

A pandemia de Covid-19 sem dúvida acelerou a mudança de paradigmas por parte dos próprios consumidores – e, consequentemente, de suas expectativas. O Cliente que não contratava online 18 meses atrás hoje não vai nem ao mercado mais; ele escolhe o ponto das frutas que quer comprar no Rappi, e pelo iFood já agenda o almoço de amanhã.

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“Mas contratar um Seguro é diferente”. Será mesmo? E se for, seria pela sua própria natureza ou porque ainda não quebramos as barreiras que fazem serviços como esses mencionados serem tão fáceis? “No Japão não funcionou”, “Na Espanha o sistema é diferente”. Bom, e o que isso significa? Apenas que temos a oportunidade de criar soluções que serão referência para o mundo inteiro.

E eu não estou falando apenas de software, mas da experiência do Cliente em todos os momentos. É disso que se trata. Os produtos já existem, mas as pessoas não conhecem, não entendem ou têm insegurança na contratação.

Vejam, eu não sei escolher um mamão. Sim, podemos discorrer sobre quão simples é essa tarefa, mas o fato é: eu simplesmente não sei. Então eu nem me arriscava a comprar quando ia ao mercado. Hoje, mesmo sem saber, entro no Rappi e apenas coloco que quero um mamão maduro, para comer hoje, e pronto. Meu problema, como consumidor, foi resolvido; agora eu posso comer um mamão maduro.

A grande questão que se coloca é como criar a facilidade para o cliente conhecer aquele produto, saber utilizar aquela funcionalidade, ter segurança suficiente para contratar de uma maneira diferente da que conhecia até então, independente de quaisquer outras especificidades técnicas que não interessam a ele.

Tudo isso se resume à capacidade das empresas de colocarem para rodar e testarem soluções inovadoras, que possibilitarão aos clientes uma nova perspectiva sobre os produtos do mercado de seguros.

Nesse contexto, o que o Open-Insurance nos traz de mais valioso, de imediato, é o fato de colocar empresas de todos os portes em bases muito similares. Pois o que está em jogo não é o tamanho das empresas ou quanto elas têm para investir, mas sim a velocidade com que conseguem trazer inovações simples e que tenham como ponto central o Cliente.

Leia, por fim, a 18ª edição da revista:




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